Entre meus autores preferidos, e que me influencia muito
está Markus Zuzak, ele escreveu o excelente livro “A menina que roubava livros”.
Tudo bem, apesar de ser narrado pela morte não chega a ser um livro de terror,
mas Markus tem um estilo simples de escrever, que aproxima a história ao
leitor, sua leitura é fácil e flui com simplissidade. Uma outra obra de Markus
Zuzak é “Eu sou o mensageiro”, a diferença entre os temas das duas histórias mostram
como o autor é capaz de se diversificar, no caso deste segundo livro citado,
cheguei à consultá-lo enquanto escrevia o meu, pelo fato de que também é um
livro narrado pelo personagem principal, assim como o “Entre Demônios”.
“Eu sou o mensageiro” é um livro divertido, sua história é
leve, porém analisa diversos fatores e sentimentos humanos, considero uma
excelente leitura, apesar de não ter o estilo dramático e o clima sério do livro
mais famoso de Zuzak, acredito que não perca nada em questão de qualidade.
Outro autor que me inspirou foi Lovecraft, o famoso “Chamado
de Tchullu” foi relido algumas vezes, também narrado em primeira pessoa, porém
com o estilo mais clássico, foi de grande inspiração.
Por fim, entre outras inspirações, coloco o renomado King, há
pouco tempo consegui a reedição da “Dança da morte”, peguei o livro certo no
momento certo, logo no inicio ele fala sobre sua mania de obras extremamente
extensas e pelo fato de ser criticado por isso, a obra em questão tem mais de
mil páginas, por exemplo. O autor cita um exemplo perfeito da história de João
e Maria, primeiro contada de forma simples, em que ficou totalmente sem graça, e
em seguida da forma original, em que João joga as migalhas, os pássaros às
comem, eles se perdem e tornou o conto um clássico.
Isso foi fundamental, já que havia lido em um blog de uma
editora que se deveria enxugar ao máximo a história e escrever apenas o
necessário, isso, editora! Bom, vamos discutir com King? Fiz um teste e comecei
a escrever a história de forma simplificada, seca e magra, resultado? Eu mesmo
estava odiando a história, foi quando o livro de King caiu nas minhas mãos e
reescrevi a história com os devidos temperos.
Pessoalmente, acho que nosso amigo inspirador, amado por uns
e odiado por outros, mas que vende livros adoidado exagera um pouco, acho que às
vezes se torna um tanto extenso e cansativo demais sem necessidade. Mas quem sou eu para criticá-lo, um simples autor independente tentando aparecer no mercado da literatura brasileira, prefiro de forma
insignificante lhe creditar o fato de que suas palavras, justificando seu
exagero, me ajudaram a ver que meu livro precisava do tal tempero, precisava de
cenas “desnecessárias” de um pouco de terror e suspense “gratuito”.
Fazendo uma analogia, considero escrever parecido com uma
receita, dosando os temperos com cuidado, me aprofundo mais sobre isso em outra
postagem.
Obrigado pela leitura e não deixe de curtir o livro de
terror feito para intrigar você,
Entre Demônios.